O estudioso Louis Daguerre (1787 – 1851) foi o inventor do daguerreótipo, a primeira máquina fotográfica moderna. Com interesse em efeitos de iluminação, começou a experimentar os efeitos da luz sobre pinturas translúcidas na década de 1820. Por isso, ele ficou conhecido como um dos pais da fotografia, sendo uma pessoa fundamental na história da fotografia.
Origens
Daguerre usava regularmente uma câmera obscura como uma ajuda para pintar em perspectiva, o que o levou a pensar em maneiras sobre como manter a imagem imóvel. Sendo assim, em 1826 ele descobriu o trabalho de Joseph Niépce, que estava trabalhando em uma técnica para estabilizar imagens capturadas com a câmera obscura.
Por isso, em 1832, Daguerre e Niépce usaram um agente fotossensível à base de óleo de lavanda. O processo (chamado Physautotype) foi bem-sucedido: eles conseguiram obter imagens estáveis em menos de oito horas.
Daguerreótipo
Após a morte de Niépce, Daguerre continuou seus experimentos para desenvolver um método de fotografia mais acessível e eficaz. Um acidente afortunado resultou em sua descoberta de que o vapor de mercúrio de um termômetro quebrado poderia acelerar o desenvolvimento de uma imagem que não estava revelada de oito horas para apenas 30 minutos.
Sendo assim, Daguerre introduziu o processo do daguerreótipo ao público em 19 de agosto de 1839, em uma reunião da Academia Francesa de Ciências, em Paris.
O processo do daguerreótipo: câmera e placas
O daguerreótipo é um processo direto positivo, criando uma imagem altamente detalhada em uma folha de cobre revestida com uma fina camada de prata, sem o uso de um negativo.
A placa de cobre revestida de prata tem primeiro de ser limpa e polida até a superfície parecer um espelho. Em seguida, a placa é sensibilizada em uma caixa fechada sobre iodo até assumir uma aparência de rosa-amarela. Após ser mantida em um suporte à prova de luz, é então transferida para a câmera. Sendo assim, após a exposição à luz, a placa é desenvolvida sobre mercúrio quente até aparecer uma imagem. Para fixar a imagem, a placa deve ser imersa numa solução de tiossulfato de sódio ou sal e depois tonificada com cloreto de ouro.
Por isso, o tempo de exposição para os primeiros Daguerreótipos variava de 3 a 15 minutos, tornando o processo quase impraticável para retratos. Modificações no processo de sensibilização, aliadas à melhoria das lentes fotográficas, logo reduziram o tempo de exposição para menos de um minuto.
Entretanto, retratos baseados em Daguerreótipos apareceram em periódicos populares e em livros. James Gordon Bennett, o editor do New York Herald, posou para seu daguerreótipo no estúdio de Brady. Uma gravura baseada nesse daguerreótipo apareceu mais tarde na Revisão Democrática.
Legado
Daguerre é frequentemente descrito como o pai da fotografia moderna, foi uma importante contribuição para a cultura contemporânea. A fotografia proporcionou à classe média a oportunidade de obter retratos acessíveis. Mas a popularidade do daguerreótipo declinou no final da década de 1850, quando o ambrótipo, um processo fotográfico mais rápido e mais barato, tornou-se disponível.
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